24.4.08

Entre o pré-histórico e o pós moderno.

Em primeira mão, "os primeiros trabalhos" do pequeno-grande Victor (e sua turma). Direto do Maternal I do Colégio Itatiaia ("Aiaia").
Apreciem a pura arte em sua essência, enquanto forma de expressão sócio-espiritual.

É o desabrochar do artista, inserido num contexto filosófico próprio, projetando seus medos e anseios para a tela e nela registrando o âmago do ser enquanto pessoa humana ("ou não"). Haja hermenêutica...
A abstração do conteúdo auto-induzido de reflexões assíncronas em forma de texturas multicolores a espargir vibrações positivas sobre todos os significados possíveis, inclusive os inexistentes (ou, simplesmente, "borrão").



15.4.08

Largando as fraldas - Novas metodologias.



Pessoal, não estranhem minha demora nas postagens. Após sucessivos adiamentos, finalmente estou avançando no Programa de Incentivo à Supressão de Equipamentos Infectos (P.I.S.E.I.) e me habituando ao Uso Rotineiro de Invólucros para Neutralização de Amônia (U.R.I.N.A.) além de já estar tomando aulas práticas quanto ao Plano de Expurgos Nocivos pela Implementação do Controle do Organismo (P.E.N.I.C.O.)

Posso dizer sem nenhum constrangimento que essa fase é bastante difícil, principalmente na parte psicológica. A gente se acostuma a não se preocupar com a própria caca, até que um dia exigem que a gente saiba deixá-la no lugar que os adultos julgam mais apropriado. Só que o nosso cérebro custa a entender quando precisamos abandonar os velhos hábitos! E é justamente por conta da pouca prática que de vez em quando a gente tem um curto circuito no controle do esfíncter e a situação começa a feder.


Mas em que pesem os percalços, tenho feito grandes progressos, especialmente quanto à eliminação de resíduos líquidos (aka "mijo"). Já aprendi a comunicar quando estou com vontade e percebo que essa comunicação geralmente tem o poder de acionar um forte esquema à minha volta. Ações altamente coordenadas são efetuadas à partir da minha simples menção do desejo de por o xixi pra fora. Em décimos de segundos, até antes que eu perceba, um peniquinho todo enfeitado aparece debaixo da minha buzanfinha, esteja eu onde estiver. Minha calça simplesmente parece desintegrar e rapidinho posso me concentrar apenas na imagem mental das Cataratas do Iguaçu.

Sinceramente, esse é assunto pra várias postagens, pela complicação que gera na rotina da casa, na preocupação dos pais e na saúde física e mental do bebê. Por isso vale a pena deixar aqui algumas impressões que eu venho registrando sobre a fase, dicas que podem ser muito valiosas para papais de primeira viagem que venham a acessar minha página.

1) A ÉPOCA CORRETA. Há um consenso de que antes de completar dois anos, não se deve tentar o desfralde. É um stress demasiado e desnecessário. Mas isso não significa que ao completar dois anos, o bebê já está automaticamente pronto para "ingressar no programa". Cada criança tem sua época ideal e isso depende de múltiplos fatores. Essa idade, portanto, é extremamente individual, geralmente variando dos dois aos três anos. Não tenho acesso a estatísticas oficiais, mas tenho a impressão de que meninas são mais precoces que meninos.



2) O MÉTODO. Peniquinho simples, disponível a todos os momentos. Os pais devem conversar com muita delicadeza e explicar que o bebê cresceu e já é muito esperto, podendo fazer xixi e cocô no lugar certo. Nada melhor que exemplos, então, o papai e a mamãe podem mostrar como se faz, usando o vaso sanitário na frente da criança e mostrando a caca indo embora. Explicando com jeito, uma hora a criança entende que o peniquinho é o correspondente do vaso sanitário para que ela use do mesmo modo. Para os bebês que tem a oportunidade de frequentar escolinhas, ir ao banheiro em conjunto com as demais crianças é um incentivo excepcionalmente eficaz.

3) CUIDADOS. Tendo os pais decidido pelo desfralde, deve-se tomar alguns cuidados. Quando a criança acerta o lugar, deve-se elogiar e evidenciar o quanto a crinça é "grande" e "esperta". Quando a criança erra e faz a caca na roupa ou no chão, não se deve repreender, pois realmente não é de propósito. Além do mais, a criança fica muito sensível e insegura nessa fase. Uma bronca pode ser entendida como a ordem para não fazer mais as necessidades e aí pode acontecer uma coisa muito triste e infelizmente muito comum: a criança segura o xixi e/ou o cocô até ter dores, cólicas, e até problemas sérios de prisão de ventre. Também pode acontecer de a criança ficar com tanto medo de levar bronca que passa a sofer de incontinência. Felizmente não passei por essas situações traumáticas. No meu caso ao completar dois anos, meus pais entraram em contato com a escolinha e combinaram a sincronia de ações para o desfralde. Percebendo que eu ainda não tinha maturidade, pois começei a "segurar" o xixi, o papai e a mamãe adiaram o desfralde por 60 dias. Na nova tentativa, estou muito mais tranquilo e consciente. Nessa faixa etária, a gente evolui bastante em pouco tempo.



4) AS FRALDAS. Ao que parece, o melhor sistema, quando a criança já tem consciência do que está se passando, é deixá-la sem fraldas durante o dia, usando-as somente para dormir (pois no começo é quase impossível controlar o xixi dormindo) e também para passeios e longas saídas de carro a fim de não correr o risco de prejudicar os momentos felizes com as pessoas que amamos. Nessa fase, esses períodos de passeios usando fraldas não devem ser excessivamente prolongados ou freqüentes, pois isso pode atrasar o desfralde no geral. Só a prática traz a perfeição.


5) DICAS INTERESSANTES: Meninos geralmente são fanáticos por carrinhos. No meu caso, só começei a usar o peniquinho quando ganhei da vovó um modelo em forma de calhambeque. O meu peniquinho anterior tinha o formato de uma boca de urso e eu entrava em pânico imaginando que se eu pusesse minha buzanfinha na boca do urso psicopata seria sumariamente devorado antes do primeiro pingo. Imagino que meninas prefiram peniquinhos cor-de-rosa, da Barbie etc. Além do peniquinho e do vaso, as crianças, principalmente os meninos que tem o jato dirigido, podem ser incentivados a fazer "no matinho". Isso evita ter que levar um peniquinho a todo lugar que se vai. Outra dica importante para os pais - UMA DAS MAIS IMPORTANTES - é a seguinte: quando o programa é feito com o devido cuidado e na época certa, leva umas poucas semanas para se perceber os resultados. Nessas poucas semanas, os pais não devem esmorecer e nem perder a paciência. Não conheço ninguém de 15 anos de idade que faça xixi na roupa, portanto, é só ter paciência que tudo acontece naturalmente, a seu tempo.

É isso, espero que tenham curtido a leitura e aprendido alguma coisa com a minha experiência de aluno dos programas de abandono das fraldinhas.

Beijinhos pra todo mundo!

Victor

8.4.08

Que mundo é este?

Amigos, no momento estamos derramando uma lágrima pelo anjinho da foto e dando um tempo para refletir, tentando entender que mundo é este.